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O Legado de Júpiter estreia na Netflix; veja a trajetória de Mark Millar

Ao longo de sua carreira, o premiado roteirista de quadrinhos Mark Millar coleciona um histórico de obras que são posteriormente adaptadas para outras mídias além da nona arte. O Velho Logan serviu de base tanto de clima quanto de progressão narrativa para o elogiado Logan (2017), indicado inclusive ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2018.

No entanto, não foi somente essa história da Marvel de Millar que catapultou para as telonas: Os Supremos, reformulação dos Vingadores no início dos anos 2000 feita em um universo separado do tradicional dos quadrinhos, foi a base para os primeiros filmes do MCU e logicamente para o primeiro longa da superequipe, lançado em 2012.

Posteriormente, a marcante saga Guerra Civil, que colocava Capitão América e Homem de Ferro como pilares de um conflito super-heróico com proporções colossais, passou dos quadrinhos para o cinema em menos de 9 anos desde a conclusão de sua publicação original.

Também não demorou muito para que o quadrinista escocês decidisse criar um selo próprio de quadrinhos autorais: o “Millarworld”. Com maior autonomia e ao lado de desenhistas consagrados como John Romita Jr. (Homem-Aranha: Até as Estrelas Esfriarem) e Dave Gibbons (Watchmen), Millar criou as obras Kick-Ass e Kingsman: Serviço Secreto. Ambas renderam adaptações live-action para o cinema, algumas com continuações ainda em andamento.

No entanto, quando a Netflix adquiriu o Millarworld em 2017, Mark ficou receoso quando o streaming decidiu que a primeira produção a adaptar as histórias do selo seria de uma de suas mais famosas obras: O Legado de Júpiter.

A HQ com arte de Frank Quitely (Novos X-Men, Grandes Astros Superman) era um dos “xodós” de Millar, que chegou a chamá-la de “a história de super-heróis definitiva” e, por esse motivo, negou diversas vezes uma adaptação Hollywoodiana que pudesse “estragar” seu amado projeto.

O Legado de Júpiter retrata os dramas de duas gerações de heróis que precisam lidar com problemas do cotidiano enquanto o peso do legado da geração mais velha paira sobre os ombros da mais nova. A HQ foi publicada entre 2013 e 2015, com cinco partes. Em 2017, a história foi retomada com mais cinco edições que concluíram a trama principal.

Além das dez edições, a obra ganhou um spin-off ambientado no passado, sob o título de O Círculo de Júpiter. No Brasil, tanto o Legado quanto o Círculo de Júpiter foram publicados em dois encadernados cada pela Panini Comics, em capa dura.

No próximo post, confira mais detalhes sobre a história e suas inspirações, além da ficha técnica da série da Netflix.